sábado, 3 de março de 2018

Faxina



O que vivo me incorpora.
Lavra, adorna, carimba, tatua...
Por opção
E à revelia.

O que amanho, alimento,
O que descarto... ou tento,
O que guardo, o que cultivo,
Tudo tem peso.

Nesses nossos armários de ser,
Quantas gavetas, quantas portas,
Quantos fundos e frestas,
Quantos vãos...
Acessíveis ou não !

Mais que a mera descoberta,
Relevante é o refino,
O que faz-se do encontrado.
Do apurado, o destino.