Muda olhar... e vai buscar !

Um tanto desavisados,
Um bocado desatentos,
Sentenciamos a nós mesmos.

Erguemos as próprias grades,
Construímos nossas prisões.
Paredes e paredes de pudores,
Cercas e cercas de defesas,
Trancas e trancas de sentir.

Edificamos expectativas altas,
Andares e andares de cobranças,
Posses e pequenos poderes.

Cimentamos nossos sítios,
Perdendo espaço de plantar.
Que quintais pobres !

Ter, possuir... ou fruir ?

O olhar deve mudar... ou não muda o movimento.

E a vida segue seca, árida, árdua...
Apesar de tudo que se tem.

Ahhh, leveza,
A possível liberdade !...