Montanha-russa

Ahhh, apaixonar-se !
Uma dessas coisas insanas de que não poderíamos nos privar.
Uma loucura temporária que nos eleva, catapulta às estrelas, alça aos céus...
E infernos... de dúvidas, devaneios. Por vezes, fortes dores.

Mas como prescindir dos paladares, dos sabores dessa dança de viver o intenso,
Saltar do doce ao amargo, pular do mel manso ao picante e seu ardor ?!

Pode um ser passar por terra sem defrontar-se com esse sumo de emoção,
Deparar-se com possível paraíso e, à beira desse abismo, não ansiar por queda livre,
Lançar-se sem olhar ?!

E perder o saber de como poderia ser ?!

Ahhh, apaixonar-se !
Uma montanha-russa, passeio viciante entre ápices and downs
De peito pulsante à boca, pensar ponderado suspenso...
Para ser sentir,
Refém de uma droga de delírios e delícias,
De suspiros, sentimentos, pulsões carnais.

Não subi-la é não sabê-la.

E prová-la é querer mais.