Amo. Descobri que é possível.
Amo o invisível,
Inacessível,
Que não me pertence.
Ausente, distante do anseio,
Passa apenas ao largo de lembranças,
Cruzando só-mente as ruas dos sonhos.
É pulso que preenche sem posse,
Professando sorriso.
Energia...
Que viaja por tempo
E me toma, inflama sem fogo.
Faz fogueira... de calor interior,
Por sentimento que surge
À sombra de sujeito.
Amo. Descobri que é possível,
Despossada de pele,
Enlevada,
Passear pelos parques do peito.