quarta-feira, 18 de julho de 2018

Pelos parques do peito



Amo. Descobri que é possível.
Amo o invisível,
Inacessível,
Que não me pertence.

Ausente, distante do anseio,
Passa apenas ao largo de lembranças,
Cruzando só-mente as ruas dos sonhos.

É pulso que preenche sem posse,
Professando sorriso.
Energia...
Que viaja por tempo
E me toma, inflama sem fogo.

Faz fogueira... de calor interior,
Por sentimento que surge
À sombra de sujeito.

Amo. Descobri que é possível,
Despossada de pele,
Enlevada,
Passear pelos parques do peito.