quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Inspeção, palpação e ausculta de poeta



É possível perceber o estertor da palavra aos pulmões,
Sentir sua pulsa-ação ao peito, com-passada forte,
Intervalos aos sopros de enlevo...
En-canto de coração.

Poemas palpitam.
Percorrem corpo com-pondo versos,
En-fartando artérias por im-pressão profunda.

É possível palpá-los à pele.
É fácil lê-los, transparentes, ao olhar,
Sinalizados em sorrisos,
Con-versando por cifras, montantes de metáforas,
Com voz vibrante de dentro,
Alta, em bom tom,
Clara, colorida de vida.

Pensar poesia,
Pulsar poesia,
Respirar poesia ?

Condição, estado de ente intenso
Que ama...
E tem alma tagarela.