Diante de inverno

Vivi inverno violento.
Vi voarem todas as folhas, todas as flores,
Evanescerem as cores da minha copa.
Tremulei, tremi, estremeci.
Balancei à força de ventos fortes.
Frágil, sofri o frio.
À superfície, congelei.
Quase trinquei.

Fui silêncio... e sementei... diária-mente.
Alimentei simplicidades,
Alcancei nutrientes em profundidades
Que sequer presumiria.
E produzi calor.

Verdifiquei de novo.
Enfloresci outra vez.
Estou frutecendo nova-mente.

Outros invernos e verões virão.
Hei de vivê-los mais firme.
Fortaleci raiz.