terça-feira, 30 de junho de 2015

Sonhos... e algo mais



O que faz o inconsciente, de que surpresas é capaz ? O que carreia o oculto ? A natureza do homem e das coisas anda por caminhos insuspeitos. Pensamos saber... sem saber direito. Navegando por frequências várias, possuidores de múltiplos canais, somos receptores e transmissores universais. Antenas sintonizadas ou não, muito ou pouco atuantes, percorrendo inéditas e conhecidas estações.

Seletores as elegem e... lá vamos nós... por sensações, devaneios, insights, atos falhos... movendo-nos, com ou sem sentido, em alguma direção. Conduzidos por "certezas", contingências, emoções, presumíveis acasos, imperiosas coincidências, empreendemos ações ou deixamos de fazê-lo. Com ou sem argumentos críveis, evidências plausíveis, planejamento racional.

O que ouvimos, o que assistimos, o que sentimos... repousa, marina em nós. O ser atento abre canais. O ser sensível parece poder "ver". Lendo faces, auscultando pulsos, entrelinhas... intui, soma mensagens... a sujeito e predicado. Altera verbos.

Um sonho vez por outra nos assalta, expondo produtos "roubados", que nos fogem ao entendimento. A mente faz a entrega dos pertences. Nem sempre delata tudo, nem sempre aponta o artista, indica o produtor. Sexto sentido, alma, espírito, inconsciente, o que acontece, quem opera em nossa mente ? O faz contra ou a favor ? Ou será indiferente ?

Nós, produtos de tantas camadas, ideamos. Pouco atinamos das estradas a percorrer. Supomos que sabemos - é o que queremos - mas algo mais parece haver. Algo que se desenrola, desvela-se aos poucos, por desejo nosso... ou não. Um quê maior ?

Nossos anseios do agora coadunam com passado e, profundos ou rasos, transitam a existência. indeléveis ou palpáveis, desenham nossos mundos... em realidade e ficção.

Somos essência em matéria, substância etérea... em embalagem de presente.

Os sonhos ?
Talvez seus laços.